Esgotamento do potencial hidrelétrico mudará prioridades da matriz brasileira
Da redação, com informações da Agência Brasil
O secretário de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, falou nesta quinta-feira (07/11) sobre os rumos a serem tomados para a geração de energia elétrica brasileira. Dado ao provável esgotamento do potencial hidrelétrico até 2030, a alternativa considerada é a geração térmica a gás natural para atender a demanda.
"Com o esgotamento do potencial hidrelétrico, previsto para entre 2025 e 2030, vamos definir uma nova transformação, uma nova prioridade, diferente da matriz hidrelétrica. O gás vai dar nova alternativa importante e, talvez, venha a substituir a matriz hidrelétrica”, disse. O secretário informou que a projeção do governo é que o gás venha a agregar mais 15 mil MW à potência instalada do País, mas disse que esse número pode aumentar.
Até lá, a geração hidrelétrica, eólica e a partir do bagaço de cana continuará como prioridade. Segundo Ventura, uma das prioridades para a geração de energia a partir de matrizes hidrelétricas é a construção de empreendimentos na Região Norte e de alguns sistemas isolados.
Ventura destacou o papel das grandes usinas – no caso, UHE Belo Monte e o Complexo de Tapajós – para o País garantir a energia nos próximos dez anos e para se aproximar do potencial máximo previsto para a geração de energia hídrica – que é 260 mil megawatts (MW).
De acordo com Ventura, a geração fotovoltaica ainda não é plenamente competitiva, mas há sinais de que os preços estão caindo internacionalmente. "E sabemos do potencial brasileiro para esta matriz, fazendo com que o Brasil [futuramente] avance também nela.”
fonte: jornaldaenergia