Montante representa quase do dobro de parques operados atualmente pelo órgão
Por Wagner Freire, de Salvador, Bahia
Durante o Fórum Nacional Eólico, na Bahia, o presidente da Renova Energia, Mathias Becker, listou os três próximo - e principais - desafios que a fonte eólica tem pela frente. O mais urgente tem a ver com a concentração de vários parques eólicos (4GW) entrando em operação no primeiro trimestre de 2014. "Esse processo vai depender de uma parceria muito próxima entre o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e os empreendedores", disse o executivo nesta quarta-feira (13/11).
A presidente executiva da Abeeólica, Elbia Mello, disse que o tema já está no radar da associação. "Já fizemos um estudo e entregamos ao ONS", afirmou ela, que também marcou presença no evento. Ela lembrou que hoje temos 2,1GW operando no Brasil, e que, portanto, o volume previsto para o começo de 2014 vai exigir atenção do Operador.
Questionado, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, minimizou a questão, dando a entender que a situação está sob controle.
Segundo Elbia, os quase 4GW são relativos a parques que ou já estão em testes, ou na condição de aptos a operar, mas não estão gerando pelo atraso na transmissão.
A transmissão, aliás, foi o segundo ponto destacado por Becker. "A gente chegou num ponto de ter um LER (leilão de reserva) com a oferta restrita a capacidade de escoamento da transmissão", lembrou o executivo da Renova, que entende que a solução do tema é de extrema importância para que a fonte continue se desenvolvendo.
Becker também pediu atenção do governo ao balanceamento da demanda industrial, pois há uma limitação da indústria eólica brasileira (200MW mês) em produzir equipamentos, e por tanto para que os fabricantes consigam cumprir com os seus prazos é fundamental que haja um equilíbrio entre a demanda de geração eólica e a capacidade de produção industrial do País.
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